domingo, 30 de maio de 2010

Turma, aqui vai um pouco mais da parte teórica sobre vícios de linguagem. Espero que ajude no estudo em casa.

BARBARISMO

É o emprego de vocábulos, expressões e constru‡ões alheias ao idioma. Os estrangeirismos que entram no idioma por um processo natural de assimilação de cultura assumem aspecto de sentimento político-patriótico que, aos olhos dos puristas extremados, trazem o selo da subserviência e da degradação do país.
Esquecem-se de que a língua, como produto social, registra, em tais estrangeirismos, os contactos de povos. Este tipo de patriotismo lingüístico (Leo Spitzer lhe dava pejorativamente o nome de "patriotite") é antigo e revela reflexos de antigas dissensões históricas. Bréal lembra que os filólogos gregos que baniam os vocábulos turcos do léxico continuavam, à sua moda, a guerra da independência. Entre nós o repúdio ao francesismo ou galicismo nasceu da repulsa, aliás, justa, dos portugueses aos excessos dos soldados de Juno quando Napoleão ordenou a invasão de Portugal.
O que se deve combater é o excesso de importação de línguas estrangeiras, mormente aquela desnecessária por se encontrarem no vernáculo vocábulos equivalentes.

CACÓFATO

Palavra de origem grega que significa "mau som", RESULTANTE DA aproximação das sílabas finais de uma palavra com as iniciais de outra, formando uma terceira de "som desagradável".
Exemplos:
Durante a Olimpíada de Atlanta, um repórter afirmou com muita ênfase: "Até hoje, o atletismo era o esporte que havia dado mais medalhas para o Brasil."
Na transmissão do jogo Brasil x Coréia, ouviu-se: "Flávio Conceição pediu a bola e Cafu deu."
Cacófatos mais conhecidos:
"Uma prima minha...", "Na boca dela...", "Na vez passada...", "Eu vi ela...", "Teu time nunca ganha", entre outros.
Segundo o gramático e filólogo Napoleão Mendes de Almeida "Só haverá cacofonia quando a palavra produzida for torpe, obscena ou ridícula. É infundado o exagerado escrúpulo de quem diz haver cacófato em 'por cada', 'ela tinha' e 'só linha'." No mesmo caso podemos incluir "uma mão" e "já tinha".
No meio empresarial, corre uma história muito curiosa. Dizem que uma engenheira química, durante visita a uma indústria, recebeu a seguinte pergunta: "Que a senhora faria se este problema ocorresse em sua fábrica?" Ela respondeu secamente: "Eu mandaria um químico meu." A resposta causou constrangimento. Todos disfarçaram e continuaram a reunião. Lá pelas tantas, nova pergunta: "E neste caso?" Nova resposta: "Eu mandaria um outro químico meu." Foram tantos "químico meu" que um diretor mais preocupado perguntou: "Mas...foi a fábrica toda?" Ela deve ter voltado para casa sem saber o porquê de tanto sucesso.
REDUNDÂNCIA

Palavra ou expressão desnecessária, por indicar idéia que já faz parte de outra passagem do texto.
Exemplos:
Você sabe o que significa "elo"? Além de sinônimo de argola, figurativamente elo pode significar "ligação, união". Então "elo de ligação" é outro belíssimo caso de redundância. Basta dizer que alguma coisa funciona como elo, e não que funciona como "elo de ligação".
O mesmo raciocínio se aplica em casos como o de "criar mil novos empregos". Pura redundância. Basta dizer "criar mil empregos".
Se é consenso, é geral. É redundante dizer "Há consenso geral em relação a isso". Basta dizer que há consenso.
Prefiro mais é errado. A força do prefixo (pre) dispensa o advérbio (mais). Diga sempre: prefiro sair sozinha; prefiro comer carne branca. Nada mais!
Outros exemplos de redundância:
"Acabamento final" (O acabamento vem no fim mesmo) "Criar novas teorias" (O que se cria é necessariamente novo) "Derradeira última esperança" (Derradeira é sinônimo de última) "Ele vai escrever a sua própria autobiografia" (Autobiografia é a biografia de si mesmo) "Houve contatos bilaterais entre as duas partes" (Basta: "bilaterais entre as partes") "O nível escolar dos alunos está se degenerando para pior" (É impossível degenerar para melhor) "O concurso foi antecipado para antes da data marcada" (Será que dá para antecipar para depois?) "Ganhe inteiramente grátis" (Se ganhar só pode ser grátis, imagine inteiramente grátis. Parece que alguém pode ganhar alguma coisa parcialmente grátis) "Por decisão unânime de toda a diretoria" (Boa foi a decisão unânime só da metade da diretoria!) "O juiz deferiu favoravelmente" (Se não fosse favoravelmente, o juiz tinha indeferido) "Não perca neste fim de ano, as previsões para o futuro" (Ainda estamos para ver as previsões para o passado!)

SOLECISMO

Colocação inadequada de algum termo, contrariando as regras da norma culta em relação à sintaxe (parte da gramática que trata da disposição das palavras na frase e das frases no período).
Exemplos:

Me esqueci (em lugar de: Esqueci-me).
Não falou-me sobre o assunto (em lugar de: Não me falou sobre o assunto)
Eu lhe abracei (por: Eu o abracei)
A gente vamos (por: A gente vai)
Tu fostes (por: Tu foste)
Ambiguidade ou Anfibologia: Deixar a frase com mais de um sentido.

“O menino viu o incêndio da escola”
Eco: Repetição de um som numa seqüência de palavras.

“A decisão da eleição não causou comoção na população.”

Arcaísmo: Utilização de palavras que já caíram em desuso.
“Vossa Mercê vai pescar

terça-feira, 25 de maio de 2010

Turminha, assim como eu havia combinado, aqui abaixo tem um pouco da teoria das orações subordinadas substantivas e, logo em seguida, alguns exercícios para vocês fazerem.
Divirtam-se!

As orações subordinadas substantivas podem ser:

1- Orações subordinadas substantivas objetivas diretas: exercem a função de objeto direto do verbo da oração principal.

"Paulo José observa que o antiheroísmo é uma característica forte dos personagens da cultura
latino-americana. (EM. 01.10.00)
2- Orações subordinadas substantivas objetivas indiretas: exercem a função de objeto indireto do verbo da oração principal.

A nova máquina necessitava de que os funcionários supervisionassem mais o trabalho.
3- Orações subordinadas substantivas predicativas: exercem a função de predicativo do sujeito da oração principal.

Meu consolo era que o trabalho estava no fim.
4- Orações subordinadas substantivas subjetivas: exercem a função de sujeito da oração principal.

É difícil que ele venha.

5- Orações subordinadas substantivas completivas nominais: exercem a função de complemento nominal da oração principal.

Sua falha trágica é a dificuldade de ser maleável em relação à realidade.
6- Orações subordinadas substantivas apositivas: exercem a função de aposto de algum nome da oração principal.

Há nas escolas uma norma: que os alunos são respeitados.
O verbo da oração principal sempre estará na 3ª pessoa do singular quando o oração subordinada por subjetiva.
Exercícios

1. É provável que conversassem sobre o namorado. A oração em negrito é:
a) Subordinada substantiva objetiva direta.
b) Subordinada substantiva apositiva.
c) Subordinada substantiva subjetiva.
d) Subordinada substantiva predicativa.
2. "Lembro-me de que ele só usava camisas brancas." A oração em destaque é:
a) subordinada substantiva completiva nominal
b) subordinada substantiva objetiva indireta
c) subordinada substantiva predicativa
d) subordinada substantiva subjetiva
e) subordinada substantiva objetiva direta

3. Há oração subordinada substantiva subjetiva no período:
a) A prefeitura necessitava de que os computadores fossem instalados com urgência.
b) Ninguém tem dúvida de que a microinformática racionaliza o sistema tributário.
c) Decidiu-se que a microinformática seria implantada naquele Município
d) Alguns prefeitos temiam que a utilização do computador gerasse emprego.
e) Um sistema tributário obsoleto não
permite que haja conscientização dos
contribuintes.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

Só português!

Sejam bem-vindos!

Nossa! É uma responsabilidade e, ao mesmo tempo, um prazer enorme poder manter fora do ambiente de sala de aula um contato maior com vocês.
Espero que esta "ferramenta " seja um facilitador para o aprendizado da nossa amada Língua Portuguesa.
Aqui vamos nós!
Um grande beijo, queridos!
Eliana Chirol.

Segue abaixo um exercício sobre vícios linguagem.

1. Classifique os vícios de linguagem presentes nas frases seguintes:

a) É admirável a fé de meu tio.

b) Não teve dó: decapitou a cabeça do condenado.

c) Faziam anos que não morriam pessoas.

d) Coitado do burro do meu irmão. Morreu!

e) Intervi na briga por que sou intimerato.

2. Desfaça as ambiguidades nas frases abaixo:

a) A moça pegou o ônibus correndo.

b) Vimos o incêndio do prédio.

c) A mãe falava com a filha deitada.